Este mundo fascinante tem muito que se lhe diga, pois tudo o que se escrever sobre esta modalidade vai ser pouco, existem sempre pequenos pontos a acrescentar e outros a rectificar. Na maior parte das conversas de indíviduos que nunca praticaram competição, comentam : “quem mais sorte tiver e for rápido não dá hipótese.
Quem assim pensar está redondamente enganado, não estou a tirar a importância ao factor sorte, e muito menos ao factor rapidez, que em algumas provas tem uma elevada importância no resultado final.
Ser humilde, ter uma grande dedicação e um trabalho contínuo ao longo de muitos anos de treinos e ensaios, ouvir os pescadores mais velhos são sem dúvida factores mais importantes. Este trabalho é feito de forma metódica, com o objectivo de melhorar os resultados obtidos. Embora outros factores possam condícionar, como por exemplo: o tempo que temos disponível, as nossas capacidades financeiras, o local onde vivemos, bem como o factor humano (capacídade de observação; ínteligência; auto-controlo).
Regra geral, cada caso é um caso, nenhum pescador é igual, existem sim pescadores com capacidades mais apuradas, por isso têm resultados melhores que outros. Acontece algumas vezes, bons pescadores desportivos, não se adaptarem à pressão que existe durante as 4 horas de uma prova de pesca, não sendo capazes de pôr em prática tudo aquilo que sabem, ficam bloqueados e chegam mesmo a ficar na tabela de classificação, atrás de pescadores com menos conhecimentos.
Por fim, e porque não queria alongar muito este texto, apenas dar uma ídeia geral do que penso acerca da pesca de competição, gostava de salientar o mais importante disto tudo: as amizades que tenho por todo o país, em alguns países da Europa e até mesmo de outros continentes, e os conhecimentos que adquirí com todos esses amigos os quaís contribuiram com uma parte, de tudo aquilo que sei sobre pesca, e pesca de competição.
Na pesca de competição, não é preciso apanhar muito, mas mais do que os outros.
Paulo Sousa.
